Copo de 3: Torre do Frade Reserva 2005

28 fevereiro 2008

Torre do Frade Reserva 2005

No seguimento do boom de novos vinhos que se tem vindo a verificar nos últimos anos por todo o Alentejo, surge com a colheita de 2004 um novo produtor para os lados de Santo Aleixo (Monforte).
Com uma história que remonta ao ano de 1380, onde a partir de uma então existente Herdade da Torre do Curvo, composta por 3 montes, o Torre do Curvo de Cá, o Torre do Curvo Dalém e Torre da Alvarenga. Com o passar dos anos e após algumas mudanças de dono e divisão no que toca a terras, a então herdade de nome Torre do Curvo Dalém passa a ser conhecida como Herdade da Torre do Frade.
Agora com a segunda colheita, 2005, temos um vinho onde o que salta à vista é a publicidade à rolha de cortiça natural, onde a garrafa aparece literalmente com a rolha à mostra. É uma iniciativa que tem como objectivo chamar a atenção do consumidor para este tipo de vedante natural. O novo Reserva 2005 é elaborado a partir das mesmas castas, mas verificou-se uma ligeira diferença nos tempos de estágio, sendo que a produção aumentou para as 12.557 garrafas.

Torre do Frade Reserva 2005
Castas: Alicante Bouschet, Trincadeira e Aragonês. - Estágio: 14 meses em barricas novas de carvalho Francês e Americano, mais 8 meses em garrafa - 14% Vol.

Tonalidade granada muito escuro de alta concentração
Nariz de aroma marcado pela concentração de fruta, densa e muito presente com alguma compota em conjunto com notas derivadas da passagem por madeira. Tosta bem presente, café e cacau abraçam o perfil que nos dá um vinho ainda algo fechado. Liberta com algum tempo de espera, ervas de cheiro, vegetal seco em fundo com aparas de lápis e um toque ligeiramente adocicado.
Boca a indicar um vinho com estrutura sólida e vigorosa, já se mostra bem afinado mas pronto para dar ainda mais e melhor. A frescura presente é garante de prazer durante toda a passagem de boca, à fruta madura banhada por cacau, junta-se um ligeiro toque especiado. Vinho com alguns taninos ainda por amestrar no seu conjunto, dando sensação de ligeira austeridade que o tempo se irá encarregar de polir devidamente. O toque de tosta está presente, num vinho que se mostra com um final de boca de persistência média/alta.

É um vinho que não foge do padrão da colheita anterior, apesar de se mostrar um pouco menos pujante e concentrado, dá até a sensação de estar um pouco mais pronto a consumir. A complexidade que mostra está ainda refém do tempo que precisa para se mostrar, cabendo ao consumidor optar se o deixa ou não a dormir mais um tempo.
16,5

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