Copo de 3: Lancers Free

15 setembro 2009

Lancers Free

É o que dizem ser o primeiro "vinho" sem álcool, ou direi antes o primeiro sumo de fruta com pretensões a ser um "vinho" com baixo teor calórico. Na onda do Soltem os Prisioneiros, foi dada ordem de soltura ao álcool que atormentava o nascimento desta "coisa"...
Desta forma e para orgulho da nação, temos o primeiro rosado Português sem álcool a nascer em laboratório nacional. Tão curioso é, que até constam os ingredientes onde para alem do mosto de uva, temos: Ácido Sórbico (E200), Dióxido de Enxofre (E220) e Dimetilcarbonato (E242).
Depois é engraçado que quem está distraído e prova este ao lado do original até pensa que é enganado e deixa rolar a coisa na descontracção habitual de quem anda de férias, mas é deixar a temperatura fazer o seu trabalho e rapidamente se descobre que o que temos no copo é mais um sumo de fruta do que outra coisa qualquer... e para o meu gosto pessoal o Compal Vital Romã está muito mais bem conseguido e bem mais barato.

Lancers Free é por isso um refresco à base de mosto de uvas típicas Portuguesas, que mostra um aroma frutado a lembrar fruta vermelha (romã, framboesa, morango) e que servido fresco no paladar se mostra novamente com a mesma fruta, simples e ligeiro com algum toque doce pelo caminho que não mostra retorno ou despedida.

Se este "vinho" sabe a sumo, qual é o interesse de uma pessoa que não quer beber uma bebida com álcool comprar isto, se pode muito bem poupar dinheiro e optar por um outro sumo que os há e de melhor qualidade.
Para quando o primeiro Moscatel sem açúcar ?

14 comentários:

Vitor Mendes disse...

João,

Completamente de acordo. Admito que se trate de uma "experiência" gira, quase um ensaio ou uma teimosia, mas na verdade falta a essência daquilo que nos seduz no vinho, o seu corpo, as nuances que vai provocando no palato, etc... Pode até vir a ser um sucesso, mas sinceramente a mim não me convenceu! Mas como a JMF nos brinda com vinhos fantásticos, está perdoada! Venham mais uns Coleccções DSF, tais como o rosé de moscatel roxo, isso sim uma verdadeira pérola!

Abraço

João de Carvalho disse...

Vítor, reparaste que nem sequer mencionei o nome do produtor ?

É que foi propositado pois não revejo esta "coisa" com o que me acostumaram vindo daquelas paredes.

Transparente disse...

Prova agora o novo Compal Frutos Silvestres.

Osvaldo Seixas disse...

Concrodo em absoluto, qualquer dia temos aí uns Porto Light, com metade das calorias....

critério disse...

Estranho que o amigo do copo de 3 não queira ver as difªs entre o sumo de uva não fermentado e os ditos "sumos" mascaras com sabores a... mais corantes conservantes aditivos "marca" Etc, etc. Eu pela minha parte perfiro o natural, porque na verdade gosto muito de uva. Há quem goste mais do etílico. São gostos, não se descutem... e na condução destes debates a tolerância pode ir até aos 15 que não há problema.

João de Carvalho disse...

Caro António, como diz e com razão, gostos são gostos... mas este local não serve para falar de sumos, mas sim de vinhos.

AntónioSF disse...

Meus Caros,
Permitam-me que participe neste debate. Eu trabalho na José Maria da Fonseca e gostaria de colocar o meu ponto de vista na discussão.
Acho que há alguns pontos desconhecidos para as pessoas e que são importantes.
1. Esta bebida fermentou como um vinho e era exactamente igual ao Lancers original antes de passar por um processo físico de desalcoolização.
2. Sublinho "processo físico" pois há gente que pode pensar que se trata de adicionar químicos.
3. Assim a única diferença para o original é a ausência de álcool.
4. Os químicos que são referidos no primeiro post, são produtos perfeitamente seguros que se utilizam em vinhos e outras bebidas e que são autorizados pela UE. Só não aparecem na rotulagem dos vinhos pois tal não é obrigatório, ao contrário das outras bebidas não-vínicas.
5. Façam a experiência com amigos vossos. Sirvam fresco e não digam o que é e vão ver a quantidade de pessoas que não percebe que não tem álcool.
6. Numa altura em que tanto se fala de problemas do álcool relacionados com a condução e saúde, esta é a resposta da José Maria da Fonseca. Proporcionar aos consumidores que gostem de vinho rosé, uma alternativa sem álcool, pois existem muitas ocasiões de consumo em que não se pode ou deve beber álcool.
Estou disposto a continuar a ouvir as vossas opiniões sobre este assunto.
Um Abraço,
António

João de Carvalho disse...

Caríssimo António

Direi sem problemas que fui um dos que provou em jeito de curiosidade no ano passado, os dois Lancers lado a lado, se de imediato e bem frescos não se dá muito pela diferença com o aumento de temperatura já se pode dizer o mesmo... mas também a verdade é que o rosé se deve beber fresco.

Dito isto e porque conheço mais ou menos o processo pelo qual o vinho é desalcoolizado, ainda recentemente estive em conversa com uma responsável do grupo espanhol Matarromera que também têm uma gama de vinho sem álcool, onde curiosamente fiz o dito "teste" com o branco e a coisa até que passa sempre que bebido fresco, embora a minha escolha vá sempre recair na versão "original".

Acho que o que se passa neste caso, é o que se passou quando surgiu a cerveja sem álcool, primeiro olhou-se de lado mas com o tempo as pessoas acostumaram-se à ideia.

Com os melhores cumprimentos.
João de Carvalho

Anónimo disse...

Acido sórbico, Dioxido de enxofre e dimetil dicarbonato (DMDC) são conservantes (anti-oxidantes e anti-sépticos)habitualmente utilizados em vinhos... não é nenhuma novidade, o problema é que nunca aparecem no contra-rótulo, a excepção do habitual Contém sulfitos...

Anónimo disse...

Certo. Não aparecem na rotulagem de vinhos pois a legislação a tal não obriga.
No caso do Lancers Free, como não pode ser considerado oficialmente vinho, segue legislação diferente, que obriga a estas menções no rótulo.

AntónioSF disse...

Correcto. Nos vinhos com álcool não aparece ba rotulagem pois não é obrigatório

João de Carvalho disse...

Exacto, curiosamente os Emina Sin , ostentam o mesmo tipo de rotulagem deste Lancers Free, onde na sua gama completa se apresentam com tinto, branco e rosado.

Direi mesmo que sem álcool o branco (100% Verdejo) está bastante interessante. Pelo que fico bastante curioso por provar o branco sem álcool produzido pela JMF.

oPaPa disse...

este "vinho" tem prazo de validade. e agora?

Anónimo disse...

Tem prazo de consumo recomendado.
Mais una vez os vinhos seguem regras de rotulagem onde esta informação não é necessária, apesar de ser conhecimento comum que a maior parte dos brancos e rosés devem ser consumidos 1 a 2 anos após a fermentação.
Uma vez que o Lancers Free não é oficialmente considerado vinho, decidimos colocar esta informação.

 
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