Copo de 3: Barranco Longo rosé 2008

27 outubro 2009

Barranco Longo rosé 2008

Conheci este rosé enquanto passava férias no Algarve, em pleno Agosto. Já tinha lido, já tinha ouvido falar, faltava então uma oportunidade de o encontrar para poder comprar e provar/beber.
O vinho Algarvio não é uma "invenção" recente, já lá mora faz quase tanto tempo como em outras regiões, o problema é que a qualidade associada ao que lá se dava a conhecer deixava muito a desejar. Mas também com sol e praia quem é que ia querer ligar ao campo e à vinha... ?
Um dos principais responsáveis pelo ressurgimento desta região, é Rui Virgínia, proprietário da Quinta do Barranco Longo, em Algoz, dos 60 hectares de exploração que dispõe 12 estão ocupados com vinha moderna. A vinha é composta por castas variadas, brancas: Chardonay, Arinto e Moscatel e tintas: Aragonez, Touriga Nacional, Castelão, Alicante Bouchet, Cabernet Sauvignon, Syrah, Trincadeira Preta.
Em 2001 iniciou a actividade de produção de vinhos, sob orientação do Enólogo Luís Euclides Rodrigues e em 2003 produziram-se os primeiros vinhos Quinta do Barranco Longo. Com merecido destaque coloco o Barranco Longo rosé 2008, um vinho que não me deixou indiferente e entrou directamente para a lista dos melhores rosés provados este ano.

Quinta do Barranco Longo rosé 2008
Castas: Aragonês e Touriga Nacional - Estágio: inox - 13,5% Vol.

Tonalidade ruby com boa intensidade.

Nariz a dizer claramente que estamos perante um rosé de perfil sério e ao mesmo tempo fresco e com boa intensidade. Fruta vermelha madura com toques de ligeiro doce, vegetal presente a lembrar a rama do tomate ou então o pé do morango acabado de cortar. Aromas com boa concentração e presença, leve especiaria a complementar um pouco mais o conjunto, que já de si tem muito boa pinta.

Boca com entrada cheia de fruta vermelha (framboesa, amora, morango) aliada a uma acidez bem colocada que lhe dá a frescura suficiente para aguentar o peso/estrutura que mostra ter. Um rosé sério, com mais corpo do que o normal, mesmo assim muito bem equilibrado e trabalhado, até com ligeira sensação de arredondamento na sua espacialidade, com final de boca de boa persistência.

Este vinho rondou os 6,50€ numa garrafeira em Armação de Pêra, e demonstrou ter um perfil muito gastronómico (anda na moda dizer isto). Eu não lhe resisti em colocar-lhe à frente, uma caldeirada de lulas, e portou-se lindamente. No final ainda se disse, mais lulas houvesse para tão bom rosé. 16 - 90pts

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